Mundo digital

Não existe idade para aprender

Aulas de informática auxiliam idosos e aposentados na inclusão de tecnologias na rotina

Paulo Rossi -

Em 2007, um novo aparelho passou a tomar conta do mercado: o smathphone com a tela sensível ao toque, de touch screen. De lá pra cá, muita gente já incorporou as tecnologias na rotina, enquanto outros ainda passam por dificuldades para se habituar com as novidades. Para facilitar o aprendizado constante que é lidar com as plataformas digitais, Alexander Carvalho passou a lecionar aulas semanais de informática na Associação dos Aposentados e Pensionistas da Universidade Federal de Pelotas (Apufpel) e conta hoje com três turmas.

A iniciativa começou em 2015, quando Alexander trabalhava em uma empresa de informática. Receber clientes com dúvida quanto ao uso de celulares e computadores era comum. Nisso, viu uma oportunidade de ensinar o próximo. De lá pra cá, a turma já passou por diversas mudanças. Muitos passaram a fazer parte, enquanto outros pararam de frequentar. O que permanece é a vontade de aprender: Alex explica que as aulas não necessariamente seguem um roteiro. "Eles trazem as dúvidas e muitas vezes é a dúvida do outro", explica. O grupo de idosos e aposentados leva os próprios equipamentos, assim aprende diretamente no sistema operacional que utiliza.

"Tudo que não se pergunta pros filhos, perguntamos pra ele", acrescenta uma das participantes. Rosa Braga, de 69 anos, lembra que tem dificuldades em tirar as dúvidas em casa, entre familiares. "Eles pegam o celular, mexem muito rápido e eu fico sem entender", conta. Dos mais novos para os mais velhos, o ritmo de aprendizado é diferente. Com a popularização dos smarthphones com touch screen, as crianças de hoje já são referenciadas como aquelas que nascem com o celular na mão. As tecnologias passaram a fazer parte do que as crianças conhecem e aprendem ao longo dos anos, como andar, falar e compreender o mundo. Por isso, a facilidade com o assunto. "Os filhos têm dedos mágicos nas mãos", brincou outra aluna, Marisa Post, 71.

Entre os mais velhos, a caminhada é maior. Se antes era preciso se dirigir até uma gráfica para digitalizar um documento, por exemplo, hoje isso pode ser feito em minutos, dentro de casa, pela câmera do celular. "Aqui cada um aprende no seu ritmo. Às vezes a gente esquece o que aprendeu e depois voltamos e vemos de novo", conta Marisa, dentista aposentada. O objetivo das aulas é que o grupo consiga utilizar aplicativos comuns na rotina e aqueles que prestam serviços, com direito às peculiaridades e ao que cada um oferece. "Também já falamos de aplicativos como Uber, Netflix e Spotify", recorda-se o professor.

Na Apufpel, Alexander leciona para três turmas de informática, cada uma tem aula duas vezes na semana. Outros preferem as aulas particulares com o professor. Interessados nos grupos podem se inscrever diretamente na associação, pelo (53) 3025-2454 ou então pelo (53) 98111-0742.

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